segunda-feira, 13 de junho de 2011

Um canto do homem em desespero

tenho que parar de beber tanto café
de ver gente de manhã, de tarde, de noite
tenho que me controlar e não esmurrar o muro
feito de concreto e fel
sou isso

meu caminho sempre foi difícil
cheio de entraves e demoras
cheio de delírios e merda
cheio de dinheiro curto

é como se as coisas tristes
se apegassem a mim e dissessem
"Dusquene, fique comigo, não vá"
e eu fico e me fodo todo

não adianta ilusão ou fraqueza agora
tenho de prosseguir até o fim
até que eu me submeta completamente
até que eu desanime e chore
um pouco

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