quarta-feira, 27 de março de 2013

Glória Dee

Glória Dee,
veio com o outono,
raivosa, franca, fria, fria...
a boca cheia de solidão,
vomitando palavrões
do fundo de sua dor
mal disfarçada,
olhando seca...

Glória Dee,
você não existe,
só para mim você existiu,
e permanece como
um anátema
de bar

Glória Dee,
o mal que lhe fizeram,
foi você mesmo quem causou, por anos,
nas madrugadas em que você não quis voltar
cedo, bêbada, e ficou, toda mijada,
e fria, fria, abraçada à privada
do bar da Blummendale










eu lhe direi somente:
esqueça

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