segunda-feira, 4 de maio de 2015

Embaixo da ponte, sobre a colina coleante

a porta não se abrirá
e ninguém entrará
e ficará o vazio de alguma coisa
que não houve
e a velha poltrona
defronte à TV
também se cansará
do velho Dusquene de guerra

já a sala mal mobiliada 
sentirá a falta daquele corpo
de mulher
macio
como neve
- como acho que seja

olharei na rua, embaixo
o drinque na mão
a cilada no peito
mas ela não virá
ninguém tocará
a campainha
- nem quem eu quero que toque

Nenhum comentário:

Postar um comentário