segunda-feira, 8 de abril de 2013

Dusquene, sua grande bola de merda rolante


Ei, camarada,
Eu sou Dusquene
E, você, quem?
Não ouvi...
Grande bola de merda você é
Eu faço a minha parte
Produzo alguns poemas,
uns bons outros nem tanto,
mas produzo, estão aí
para serem lidos
ou cobrir piso
de gaiola de canário,
a decisão não é minha

"Ninguém é bom o suficiente para você, Dusquene".
"É que eu não ligo muito pra ninguém, baby,
só para as suas doces pernas brancas de leite", apalpei um naco.
"No fundo você é um sujeito decente, Duc".
"Às vezes, pareço que sim, até para mim".
"Você já ajudou alguém, não é? Todo mundo ajudou".
"É?". "Não é?". "Éééé...."
"Conta como foi?"
"Deixa pra lá"
"Diga, vá", Suzzy esfregou sua bela coxa no meu pau.
"Huuummm... Um velhote desmaiou na rua. O coloquei dentro
de uma lanchonete. Um calor dos infernos e o velho dando umas voltas. Sabia mais ou menos onde ele morava, era dali,
alertei um filho ou genro, sei lá".
"E depois?"
"Deixei o velho com o parente e fui beber no Tony´s".
"Tá vendo? VOCÊ É UM SER HUMANO, DUC!"
"É, pode ser, às vezes..."

É disso que falo: da vida barateada,
descartável, e imensamente sincera
Eu escrevo sobre ISSO, camarada,
E você? Quem? Sua grande bola de merda.

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