sábado, 6 de abril de 2013

A solidão de um homem acompanhado

"Você pensa que é melhor que eu, Dusquene?". Eu olhei para o bebum. Virei o rosto e voltei a beber o uísque. "Estou falando com você, seu pulha". Continuei bebendo. "Você é uma craca no mundo, Dusquene". Virei de novo e voltei a encarar o sujeito. "Dusquene, eu vou morder seu cu um dia desses". E eu ouvindo aquilo. O cara estava bêbado, certamente. "Você é um bosta, Dusquene. Uma grande bosta!". Definitivamente o sujeito queria briga. "Vá se foder, Duc. Seu escritor de quinta categoria. Seus escritos são um estorvo para a humanidade". Não aguentei mais. Entornei a dose e sai do bar, prometendo nunca mais beber diante de uma parede espelhada.

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