segunda-feira, 5 de março de 2012

A pé a morte chega

passo por calçadas cheias de ninguém
de pessoas que não me interessam,
de vidas tolas, óbvias demais,
de pessoas que somente andam
e não fazem nada de suas vidas

esperam apenas viver mais uns anos,
formar filhos, ter netos, ver TV
ou participar de uma rede social
até a consumação, o fim

não palmilham outras possibilidades,
não desejam nada mais que isso,
alfafa no cercado e estou feliz,
e eu faço parte disso, não posso me livrar
nem o jogo me anima mais,
estamos todos meio fodidos para as
coisas decentes da vida,
para uma febre qualquer

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