segunda-feira, 20 de abril de 2015

Das urgências da vida sem sol ou ternura


Eu preciso,
com urgência,
de calma, serenidade,
de uma cerveja à mão.
Eliminar esse excesso de seres humanos...
Que incomodam mais que sarna,
sem que nada disso soe
anátema...

É só o que preciso
numa véspera de feriado –
no dia do feriado –
na tortura da volta ao trabalho.

Um homem decente só exige
um pouco de sossego,
mirar o horizonte
sem ver a placa do
curso de direção
em três parcelas,
sem entrada,
sem ter nojo
de tudo.

O sujeito só necessita
de um pouco de verve,
de birita, da aposta mediana,
de sol e esquecimento,
para viver
com algum resto
de dignidade.

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