sexta-feira, 22 de junho de 2012

Enquanto tranquilo aqui estou

tenho mais de 300 poemas e textos curtos
e o público continua querendo mais, mais do quê?
por Deus, são mais de 300 poemas, porra,
mas as pessoas não se cansam,
querem visitar ruínas,
ver se o sujeito esqueceu
uma parede sem ser demolida,
querem ver a última bebedeira,
o copo se espatifar no chão,
"Dusquene ir à merda"

fodam-se vocês todos, miseráveis!
eu sou como vocês estão todos os dias
de suas vidas opacas e sem sentido,
vomitando a bílis das palavras sem lastro,
que entrego a vocês, de graças

mais de 300 poemas e essa merda em vão...
vão aos escritos dos primeiros tempos,
há Dusquene lá também, melhor do que hoje,
muito melhor

deem-me a gratidão do esquecimento
por uns dias, vou ao bar,
que o bar é logo em frente




Nenhum comentário:

Postar um comentário