segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O que faço das minhas horas de folga é problema meu

Às vezes ficamos sós por um momento, e isso é bom. Sem música ou vozes. Só o silêncio. As pessoas necessitam de silêncio. Elas não sabem. Mas é o que elas mais precisam atualmente. Muitas estão enlouquecendo porque não conseguem desligar um minuto, parar de ouvir, para de falar. Parar simplesmente. Um pouco.

Eu sou antissocial por natureza. O que ajuda a manter os chatos afastados. Os vizinhos receosos. O mundo longe. Essa é uma boa estratégia para seguir. Ser antissocial. Meu computador me basta. A página em branco, pronta para ser devassada, corrompida, conquistada. É sempre algo bom. Tranquiliza.

Estamos repletos de nós mesmos. Cansados de gente. Rostos, corpos, braços e pernas para todos os lados que olhamos. A mediocridade, essa mãe de multidões, atrapalha um bocado. Com ela surge o barulho infernal, o vozerio sem fim, incongruente e obsceno de miríades de bocas e mentes obtusas.

Sou mais ficar aqui em cima, no apartamento, tabulando no computador umas coisas. A minha única urgência agora (vou pedir a Gill...) é a de um saca-rolhas para abrir esta garrafa de tinto. O copo está aqui do lado. É, isso também é bom.

Nenhum comentário:

Postar um comentário