segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

A Julia Newman

Nenhum corpo mortalmente insano
Viverá para contar, enquanto gritarmos
no calejado nó de nossas bocas...
no emborcar da garrafa em meio ao nada
aquele verde espectral, aquela parede morta
há muito, o quadro, a natureza morta, morta,
mais que Julia Newman em minha vida.

Se você souber onde ela está neste momento
Julia Newman... mande um toque
diga que o Otto escreveu este poema pra ela,
pra seus cabelos de trigo louros, para suas
ancas, para livrar-se do tédio do vinho passado,
para relembrar uma tarde
de pássaros sem gaiolas

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