bebo
outra garrafa curta,
ouço os latidos
e escrevo,
na madrugada,
o poema
hoje
o poema
saiu às avessas,
igual cão danado
que cruza
o terreno
e crava
seus dentes
em mim
mas ele sempre
surge, assim,
de um pandemônio
e nunca
reclamei
não quero
agora,
restando quatro garrafas
para beber,
ser uma presa
que chora e
lamenta a sorte
que sempre esperou
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