Vanda Velt
Vanda Velt, que mulher. Quando ia ou vinha do balcão, os caras uivavam. Aquelas pernas brancas de potranca polonesa, a Vanda Velt. Ela sabia como açular a turba, remexendo os quadris, pisando como tigresa. Era um espetáculo. E gratuito. E a um metro da gente. Deixava qualquer um de pau duro.
“Me faz uma massagem, Vanda? Tenho cãibra...”
“Aonde?”
Eu descia, brincalhão, os olhos pro garoto teso.
“Vá se foder, seu miserável”.
E me atirava na cara, gargalhando, o pano de limpar balcão.
Todos gargalhavam numa confraria.
Naquele tempo, as noites eram excepcionais no Finnegan’s.
Realmente excepcionais.
Havia Vanda Velt.
Que mulher.
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