quinta-feira, 16 de junho de 2011
A merda nossa que vaza todos os dias - escritos de Dusquene (23)
“Não, Joe, e você não pode me forçar a fazer algo que eu não queira”. “E o trato?”. “Não tem trato algum”. “Você prometeu que, se eu lesse A Vagina Morre ao Sol, você leria meus poemas”. “Que nada! O que você quer é me afogar nesse entulho”. “Mas eu tive que ler a novela toda...”. “E leu um grande livro”. “Aquilo não é um livro, é uma atentado violento ao pudor”. “Mas tem as fadinhas e os duendes...”. “É, uma orgia sem fim naquela porra de jardim”. “É, tem isso também”. “Você não vai ler mesmo os poemas, não é?”. “De modo algum”. “Pois vou lhe dizer um negócio: A Vagina Morre ao Sol é uma enorme mentira, um engodo, e, em certos momentos, ela até gagueja e soluça”. "Hum... Legal ver uma vagina soluçando..."
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