O perigo está
Em não dizer a palavra exata
É não ter opinião sobre alguma coisa essencial
Eu escrevo para ver meus demônios
Não para a posteridade, essa puta,
Mas escrever não deixa de ser uma forma de ação
De rebeldia, de ir além da morte, da dissolução
Cada página em branco que preencho
Fortalece a mim, atiça, anima
Engrossa o fio da vida
E apressa meus dias lentos
Talvez eu seja realmente egoísta
E não queira desaparecer simplesmente, como qualquer um,
Atravessando o neon das ruas como uma sombra
Que não se prende a nada
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