em algum lugar há um supermercado aberto
e sem ninguém,
sem sequer carros de supermercado,
sem carros no estacionamento,
só o sol batendo forte, belo,
luxuriante,
e no azul uma vertigem,
desarrazoado assomo de liberdade,
em tudo quanto há,
nenhum movimento mais,
as geladeiras demonstrativas repletas
de cervas geladas,
bestialmente geladas,
e eu, de garganta seca, no pó,
na merda patinada de meus dias
sobre a terra.
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