à noite,
da janela,
vejo novamente
o edifício a distância
nele todo,
às 2h43,
luz em apenas
um cômodo
no penúltimo apartamento,
à leste
pergunto-me
por que aquilo
o mesmo cômodo,
noite após noite,
brilhante,
como farol
em tormenta
quem ali reside?
o perdulário
infame,
que não extingue
a chama
me faz pensar em
lhe tocar
a campanhia
certamente,
outro merda,
se levarmos em conta
a fauna
que nos cerca
de novo,
lá está ele,
crepidante,
o ponto iluminando
a imensidão
subsiste,
e não deixa
a noite
ser
o que deveria ser
- completa
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