os indivíduos estão desmoronando
nas ruas e avenidas, nos apartamentos, nas cidades
e não há psiquiatras para tantos
nem para um milésimo dos que adoecem,
que enlouquecem com a cretinice das pessoas,
que viram verdadeiras diarreias humanas,
que levam um girassol morto no peito,
morto, morto, morto
como um Deus
pagão
e
o que impressiona é que muitos acreditam
que nada, absolutamente nada, pode ser feito
nem o governo se responsabiliza, nem eu, nem você, nem ninguém
e a massa disforme avança, forçando os meios de comunicação
a mencionar a sua existência, a monstruosidade toda,
o sanatório a céu aberto em que vivemos
relativamente nervosos numa tranquilidade aparente
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