sábado, 3 de setembro de 2011

Black Lane

Bateram na porta. Um sujeito trombudo entrou.

- É Black Lane?

- Acho que sou. Não tem mais ninguém na sala, não é?

- Tenho um serviço pra você, a mando de Maddox.

- Quem é Maddox?

- O chefão. O grande cara. Nunca ooviu falar de Maddox?

- Por que deveria?

- Tudo na cidade é controlado por ele. Do submundo às corporações e grandes firmas.

- Sei. Tudo bem. Qual é o serviço? Tempo é dinheiro, filho.

O brutamontes cerrou um pouco mais os olhos e disse:

- Ele quer que você arroche um sujeito que lhe deve US$ 30 mil.

- E por que você não faz isso mesmo por mim?

- Maddox não quer que seja uma coisa de dentro, entende. Sou ligado a ele, na verdade, sou seu irmão.

- E por que Maddox está correndo atrás de US$ 30 mil se ele é, como você diz, o dono da cidade?

- Questão de princípio... Quem deve a ele, paga, de um jeito ou de outro.

- Vou pensar na proposta. Quanto levo nisso?

- US$ 10 mil.

- Considere o serviço feito.

- Não quer saber quem você deve apertar?

- Quem?

- Julie.

- Uma mulher!

- Não, é um homem, apesar de ter esse nome...

- Pior para Julie. Considere o serviço feito.

- Ele é da Gangue dos Cinco Estrelas.

- Aí a coisa complica. Encarar Julie, tudo bem. Mas o resto de seus colegas...

- Bem que Maddox falou que você poderia recuar quando soubesse...

Atalhei.

- Não sou covarde. Sou racional. Aliás, como é mesmo seu nome?

- Vicky.

- É, pelo visto você não pode mesmo ridicularizar Julie.

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