Bateram na porta. Um sujeito trombudo entrou.
- É Black Lane?
- Acho que sou. Não tem mais ninguém na sala, não é?
- Tenho um serviço pra você, a mando de Maddox.
- Quem é Maddox?
- O chefão. O grande cara. Nunca ooviu falar de Maddox?
- Por que deveria?
- Tudo na cidade é controlado por ele. Do submundo às corporações e grandes firmas.
- Sei. Tudo bem. Qual é o serviço? Tempo é dinheiro, filho.
O brutamontes cerrou um pouco mais os olhos e disse:
- Ele quer que você arroche um sujeito que lhe deve US$ 30 mil.
- E por que você não faz isso mesmo por mim?
- Maddox não quer que seja uma coisa de dentro, entende. Sou ligado a ele, na verdade, sou seu irmão.
- E por que Maddox está correndo atrás de US$ 30 mil se ele é, como você diz, o dono da cidade?
- Questão de princípio... Quem deve a ele, paga, de um jeito ou de outro.
- Vou pensar na proposta. Quanto levo nisso?
- US$ 10 mil.
- Considere o serviço feito.
- Não quer saber quem você deve apertar?
- Quem?
- Julie.
- Uma mulher!
- Não, é um homem, apesar de ter esse nome...
- Pior para Julie. Considere o serviço feito.
- Ele é da Gangue dos Cinco Estrelas.
- Aí a coisa complica. Encarar Julie, tudo bem. Mas o resto de seus colegas...
- Bem que Maddox falou que você poderia recuar quando soubesse...
Atalhei.
- Não sou covarde. Sou racional. Aliás, como é mesmo seu nome?
- Vicky.
- É, pelo visto você não pode mesmo ridicularizar Julie.
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