só ligava para ela
nos feriados
seu nome era Lurette H. - nome fictício
meu pequeno parque de diversões
de descontração, risos,
camaradagem entre sexos e foda
às vezes a quantidade de porra
acumulada
subia ao cérebro
- precisava desopilar
e ligava para Lurette
"Pode vir, meu bem",
e eu desovava tudo em Lurette
só ligava,
e só,
não, não havia grana na jogada,
nosso sexo era, como dizer,
processual,
depois havia risadas,
a parte melhor
nos encontros,
ela foi se revelando,
e o que saiu da casca
foi uma mulher tremendamente solitária,
que morava num conjugado da Renoir,
viúva há sete anos, sem filhos
Lurette,
meu pequeno parque de diversões,
se ainda ria,
era porque não tinha mais o que de melhor fazer na vida
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