são as derrotas cotidianas
o cadarço desamarrado
após um dia estafante de trabalho
rostos insossos na multidão
de gente sem sentido
a luta por 30 centímetros no metrô
o que mata o homem
são palavras em bocas estranhas
a idiotia em qualquer lugar
o céu cinzento e chuviscante
o cocô do totó no sapato esquerdo
a TV repetitiva e sorridente
a cobrança das mulheres por
estabilidade a qualquer preço
a esterelidade em tudo e na cozinha
a cerveja choca
o vinho branco
o céu
a voz
o que mata o homem
são vocês
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