De todos os bêbados, o velho Slim era o melhor. Sabia viver
o velho, como sabia beber e alcançar sabedoria com a
bebida; e cada vez mais ele bebia para se tornar o maior
sábio da planície. O melhor da planície de bêbados, o velho Slim,
o maior dessa cidade dos diabos, cheia de pessoas exaustas,
que vomitam palavras piedosas, entediando todo o mundo,
querem que as acompanhe nos seus jogos enganadores até o infinito.
Mas Slim não era esse tipo de pessoa, que amargava um mau pedaço,
ia em frente com sua verve, seu riso debochado, com dentes rilhantes,
aqueles olhos de demônio que viam as coisas como realmente são:
- O problema, Dusquene, é que as pessoas não sabem aonde querem chegar
e não saber aonde se quer chegar é um perigo, rapaz, um perigo... Fred,
me traga mais uma cerveja. E tem mais uma coisa que eu quero lhe dizer...
E ficava ali, simplesmente, tentando dizer, mas rindo, rindo apenas,
completamente bêbado, uma amizade sincera a nossa: o velho Slim e eu.
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