toda vez que o via
o homem estava parado, esperando algo que não vinha,
olhava uma pomba, um gato, uma mulher que não vinha,
algo que ele esperava fazia muito tempo,
mas que não vinha...
toda vez que o via,
o homem estava ali, esperando algo
que tinha a certeza que viria,
mas que não vinha,
como os números do jogo,
como um drinque bom, pago,
como um sarro com a mulher do vizinho,
como um porre, como a vida que se ia
pelas persianas cremes e imundas,
como uma puta,
que marcava, dava horário,
mas que não vinha...
aí ele morreu,
e veio tudo de uma vez
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