quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A lua sob os escombros do meu ser, linda como a queda de

a lua vai nos deixar um dia
daqui a bilhões de anos, dizem
mas, agora, olho para ela
e ela é minha

a lua e suas rugas fundas...
é, eu estou mais uma vez bêbado
e o poema sai assim mesmo
cheirando a tinto barato
e seco

emborco mais um gole da garrafa
- o caralho as boas maneiras
só eu, a garrafa e essa lua absurdamente fêmea
mulher canalha, traçoeira
mulher que eu tenho
mulher, porra,
mulher


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