pare de fazer “o grande romance”,
não escreva sobre hipóteses, mas sobre
o chão vivido, pisado, sentido,
não invente mundos, porque
a realidade é mais pulsante e satisfatória
do que qualquer um deles,
pare de se conspurcar
com “literatura”
busque quem soca, quem escarra,
quem fala às entranhas, os transgressores,
toda a página deve urrar para o leitor,
aliás, nada de “romance”, “novela”, conto”
e “crônica” – só escritos, de fogo, de fel,
traumáticos e coleantes,
poemas sim
pare de ser “escritor” e seja apenas
um sujeito passando o tempo
com a página em branco –
mas com calma,
sintonia e
leveza
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