quarta-feira, 3 de abril de 2013
Um troço sério da infâmia acesa
Ninguém pode começar um romance se trancando num apartamento para escrever. Isso é neurose. É doentio. Escrever deve ser um troço automático. Vivencial. O cara que elabora demais o texto pode ganhar no estilo, mas o que produzirá morrerá na estante fria.
Prefiro escrever o que me vem na cabeça na hora, porque sei que essa é a minha verdade, mesmo que momentânea. Não adianta o cara sentar no computador e pensar: "Hoje vou escrever o grande poema americano do século" ou "Começarei hoje uma novela espetacular".
Não falo daqueles escritores que fazem uma grande ficção. Não. Falo dos escritores comuns que pouco têm a oferecer, além de uma dura realidade, de sacanagem e poemas com mulheres e bebidas, como eu.
Afinal, o troço bom é isso mesmo.
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