quarta-feira, 20 de março de 2013
Urbanismo
As galerias que vazam os edifícios comerciais deveriam ser lugares de pequenas lojas chinesas, com fachadas de vidro escuro, emolduradas de laca negra. Isso daria uma certa distinção a elas, um ar de mistério.
Mas não. São largas demais. Pùblicas demais. Locais corriqueiros. A fauna que ali passa torna o ambiente previsível. Povoado de passos de gente morta. Meros pontos de passagem indo do nada para o grande nada.
Porque o arquiteto não previu isso, meu Deus? Esse marasmo. Por que esses rasgos inúteis que a todos abarcam? Torpes espaços emporcalhados,devassados como mulheres nuas.
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