quinta-feira, 4 de abril de 2013
Eu e ela em meio ao tédio infinito
o risco é sempre estarmos vivos
e nos aborrecermos mutuamente
- o que é sempre inevitável
é nos detestarmos mais a cada dia,
a cada gesto, a cada olhar, a cada visita, no caos
de tudo e todos
estamos de saco cheio
uns dos outros,
admitamos...
fora os parentes, os vizinhos,
os cachorros mijadores e cagadores,
as mulheres que vivem vidas por meio de novelas,
fora a maldita velha que tosse e tosse e tosse
enfim, fora a grande bola de merda
feita de tudo isso e
que sempre vem
em nossa
direção
por isso, baby,
fique um pouco quieta,
só olhe aquela grande lua e
estas bebidas em nossas mãos
vazias de carinho
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário