“Fillgrow, cadê meu presente?!”
Fillgrow olhava a TV, um lourinha vendia alguma coisa.
“Cadê meu presente!”
“Está em cima da mesa. O peru... pra você temperar”.
“O caralho que o meu presente vai ser aquela porra de peru...”
Fillgrow levantou um lado e soltou a bufa.
“Entenda como quiser”.
“Seu cretino... Vou lhe avisando: se não tiver presentes para mim e Vicent debaixo daquela árvore amanhã à noite, você não terá peru algum pra cravar o garfo... Se naquela árvore não...“.
Anunciavam um jogo da NFL para amanhã e ele não conseguia ouvir a notícia por causa dos gritos de Marlene.
“Que árvore? Aquilo não passa de um monte de gravetos”.
“Pois bem, se não tiver presentes – e dos bons – pendurados naqueles gravetos amanhã, seu peru não dará o ar da graça”.
“OK, Mal, vou comprar umas coisas pra você e o garoto. Tem tempo até amanhã”.
“Sei, já são quatro da tarde e você não se mexe dessa cadeira desde as 11”.
“Tem tempo. Pega uma cerveja, baby”.
Marlene gruniu, mas seguiu para a geladeira.
Na TV, Papai Noel mostrava as novidades em uma loja de departamento.
Fillgrow mudou de canal, irritado.
“Porra, tem que ter tempo, sempre tem”, resmungou.
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