A força do homem
vem da sua mortalidade,
é dela que ele vive, ama, ousa e enlouquece,
se sujeita a tanta descortesia, por si mesmo, por álcool,
mulher, prole, carro, posição social, essa vigarice toda,
que inferniza o mundo e mata o capim
é foda,
e não tem jeito,
e você está nessa até o nariz, camarada,
enquanto você viver nas cidades desenvolvidas do Ocidente, vai engolir, engolir até vomitar,
vomitar, até precisar se encher da droga de novo,
e assim vai
quando morreremos disso?
ninguém saberá até que se dê.
eu com minha garrafa, na escada, debaixo do poste,
esperando o quê, aquele bêbado-profeta
de que falei, prevendo o fim do mundo,
dormindo mais tarde, sob os jornais,
sempre no amanhã,
que vem,
até que...
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