Os sujeitos ficam sentados no bar, esperando o resultado. Quando o resultado sai, olham as pules e grunem "Que merda! Os números que deram não se encaixam no meu sonho. Não mesmo...". E jogam novamente, na mesma esperança vã de ganharem algum para a bebida, para comprar um charuto do bom, para beber um uísque de responsabilidade. Vão todos num mesmo prato da balança, que inevitavelmente pende para o prato da banca. Às vezes, sobra um para algum. É a festa. O sopro de Deus no talonário das pules. "Willfred ganhou na milhar. 14 mil. Esse Willfred tem o cu pra lua!". Mas na grande parte (na maioria mesmo!) dos sorteios a banca sagrasse vitoriosa. A banca, meu camarada, é o verdadeiro Deus, que permite que você receba um alento ou vá sofrendo, grunindo e rasgando pules verdes e amarelas pelas calçadas da Pomerode.
Nenhum comentário:
Postar um comentário